Este aumento reflete uma maior prudência por parte dos consumidores, embora os valores atuais permaneçam distantes do pico histórico de 31,2% registado em 1972. A tendência de aumento da poupança, que já se tinha verificado durante a pandemia em 2020 com uma taxa de 12%, consolidou-se em 2023 e 2024. Segundo o INE, a subida no segundo trimestre de 2025 deveu-se a um crescimento de 1,5% do Rendimento Disponível Bruto, superior ao aumento de 1,4% da despesa de consumo final.

Um estudo da TGM Research Institute para a Xtb corrobora que a maioria dos portugueses consegue poupar, com 72% dos inquiridos a afirmarem que guardam uma parte do seu rendimento. No entanto, a capacidade de poupança é limitada para muitos: mais de um terço poupa apenas entre 5% e 10% do seu rendimento, e só 16% consegue poupar mais de 20%.

Os principais obstáculos identificados são as despesas fixas elevadas (49%) e o baixo rendimento (47%).

A principal motivação para poupar é a resposta a despesas inesperadas (37%), seguida pela procura de objetivos pessoais (36%).

A maioria dos aforradores mantém um perfil conservador, canalizando as poupanças para depósitos bancários e certificados de aforro.