As regiões autónomas e o Alentejo destacam-se com os maiores aumentos, refletindo um desequilíbrio persistente entre a elevada procura e a escassa oferta de habitação. Segundo o índice de preços do Idealista, a Região Autónoma dos Açores lidera as subidas com uma valorização anual de 20,8%, seguida de perto pelo Alentejo, com um aumento de 18,7%. Esta tendência de crescimento acentuado é visível em várias capitais de distrito, como Beja (30,6%), Santarém (27,8%) e Portalegre (24,1%), que registaram as maiores subidas anuais.

Apesar da valorização expressiva, cidades como Portalegre e Guarda mantêm-se entre as mais acessíveis, com preços abaixo dos 1.100 euros por metro quadrado. Em contraste, Lisboa continua a ser a cidade mais cara do país, com um custo médio de 5.886 euros por metro quadrado, seguida pelo Funchal (3.907 €/m²) e pelo Porto (3.844 €/m²).

A escalada de preços é generalizada, sentindo-se em todas as regiões e em 19 capitais de distrito analisadas. A subida contínua dos valores da habitação coloca uma pressão crescente sobre as famílias, dificultando o acesso à compra de casa, especialmente nos grandes centros urbanos, mas estendendo-se agora de forma expressiva a regiões anteriormente mais acessíveis.