A indústria transformadora surge como o setor mais afetado, onde 41% dos inquiridos antecipa uma redução de pessoal.

De acordo com a sondagem de outono do Instituto da Economia (IW), que inquiriu 2.000 empresas, 36% das companhias têm planos para reduzir a sua força de trabalho no próximo ano, enquanto apenas 18% pretende criar novos postos.

Este sentimento negativo estende-se a outros indicadores económicos: 33% das empresas planeia investir menos em 2026 do que atualmente, e três quartos esperam produzir menos ou o mesmo do que em 2025.

As expectativas de investimento registaram um recorde de mais de cinco semestres negativos.

O especialista em conjuntura do IW, Michael Grömling, declarou que "as empresas ressentem-se do elevado stress geopolítico".

A esta incerteza somam-se problemas internos como os altos preços da energia, os custos com as garantias sociais dos trabalhadores e a burocracia.

O instituto alerta que, sem reformas estatais, os programas de investimento do governo poderão não ter o efeito esperado, o que poderá ter repercussões em toda a zona euro, dada a centralidade da economia alemã.