Apesar das advertências, o FMI elogia o "desempenho económico notável de Portugal desde a pandemia", destacando o crescimento acima da média da zona euro e a "redução impressionante da dívida pública em cerca de 45% do PIB". A instituição financeira internacional sublinha ainda o progresso na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), notando que Portugal alcançou uma taxa de desembolso de 40%, num plano orçado em 22,2 mil milhões de euros, o que está acima da média da União Europeia.

Para "preservar a solidez orçamental", o FMI recomenda reformas para "eliminar os desincentivos à expansão das empresas – por exemplo, o imposto progressivo sobre o rendimento das empresas [IRC] -, melhorar o acesso ao financiamento, resolver a dualidade do mercado de trabalho, continuar a progredir nos resultados da educação e simplificar a burocracia".