O protesto visa contestar o pacote de alterações à legislação laboral, designado "Trabalho XXI", proposto pelo Executivo de Luís Montenegro. O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, classificou a proposta como "um dos maiores ataques já feito aos trabalhadores" e um "verdadeiro retrocesso", afirmando que as "mais de 100 as matérias que este Governo quer rever da legislação laboral [...] vão todas no sentido de desequilibrar as relações de trabalho a favor dos patrões".

A união da UGT, tradicionalmente mais moderada, à contestação da CGTP confere uma dimensão política e social acrescida à paralisação.

Mário Mourão, secretário-geral da UGT, já tinha sinalizado a crescente insatisfação, afirmando: "Entre escolher um mau acordo ou uma luta nas ruas, escolhemos a luta nas ruas".

A falta de avanços nas negociações na Concertação Social e a perceção de que o Governo não está a ceder nas suas posições foram determinantes para a convergência sindical. A greve geral promete parar o país e representa um teste significativo à capacidade de diálogo e de negociação do Governo.