A Rede Expressos, que detém a concessão do terminal, recusa o acesso, alegando que o espaço atingiu o seu limite operacional e que a entrada de novos operadores, como os 96 novos horários propostos pela FlixBus, comprometeria a segurança de passageiros e trabalhadores. A empresa apoia-se num estudo do Instituto Superior Técnico que desaconselha qualquer aumento de carga.

Em contrapartida, Pablo Pastega, diretor-geral da FlixBus em Portugal, classifica a situação como um "monopólio" e afirma que "Lisboa é a única capital europeia" onde a empresa enfrenta este tipo de bloqueio. A FlixBus, que registou um volume de negócios de 90,6 milhões de euros em 2024, considera o prejuízo de quase 15% da sua faturação um "dano económico enorme" e ameaça levar o caso à Comissão Europeia e ao Tribunal de Justiça da União Europeia se as autoridades portuguesas não fizerem cumprir a decisão da AMT.

A Rede Expressos sugere a Gare do Oriente como alternativa, onde a FlixBus já utiliza cerca de 30% das linhas.