Segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), as condições climáticas extremas foram a principal causa desta diminuição.

Esta quebra coloca Portugal numa posição delicada no panorama internacional, uma vez que a produção mundial de vinho estima-se que tenha um aumento de 3% face a 2024, situando-se entre 228 e 235 Mhl. Mesmo com esta recuperação global, a produção mundial ainda se encontra 7% abaixo da média dos últimos cinco anos.

A situação em Portugal é ainda mais preocupante na análise quinquenal, com uma quebra de 12%.

Os especialistas atribuem esta redução drástica a um “inverno seco, seguido de chuvas recordes no início da primavera, agravadas depois por sucessivas ondas de calor no último verão”. O desempenho negativo de Portugal contrasta com o do maior produtor mundial, a Itália, que prevê um aumento de 8% para 47,4 Mhl.

Outros grandes produtores europeus como a Espanha e a França também enfrentam quebras, de 6% e 1% respetivamente, com a produção francesa a arriscar-se a ser a mais baixa desde 1957.

Com esta produção, Portugal ocupa a quinta posição a nível europeu e a 11.ª a nível mundial.

A OIV, que congrega 51 estados-membros responsáveis por 90% da superfície mundial de vinhas, atribui a contínua baixa na produção global a “constantes e extremas mudanças das condições atmosféricas”, que incluem desde ondas de calor e secas a geadas precoces e excesso de pluviosidade.