Os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) revelam uma aceleração preocupante que abrangeu mais de 5.500 trabalhadores. Entre janeiro e setembro, foram comunicados 414 processos de despedimento coletivo, mais 60 do que no mesmo período de 2024.
Este número é o mais alto desde 2020, ano marcado pelo início da pandemia, quando se registaram 521 processos.
O número de trabalhadores abrangidos por estas dispensas aumentou 16,6%, totalizando 5.544 pessoas.
Destas, 5.412 foram efetivamente despedidas, o que representa um crescimento homólogo de 21%. A principal razão apontada pelas empresas para estes processos é a necessidade de redução de pessoal, que justifica 85% do total. A análise regional mostra uma forte concentração dos despedimentos em Lisboa e Vale do Tejo e no Norte, que representam 49% (203 processos) e 31% (126 processos) do total, respetivamente.
Os dados de setembro revelam ainda uma disparidade de género, com as mulheres a serem as mais afetadas, perfazendo 64% das rescisões nesse mês. Os setores com maior número de trabalhadores despedidos em setembro foram as indústrias transformadoras, o comércio por grosso, as atividades de saúde e ação social, e as atividades de consultoria, científicas e técnicas.













