O aumento do número de utentes e a introdução de novos fármacos, especialmente na área da oncologia, são os principais fatores.

A despesa oncológica, por si só, agravou-se em 122,1 milhões de euros, com o medicamento Pembrolizumab a justificar 21,6 milhões deste aumento.

A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) considera que este fenómeno não é exclusivo de Portugal, refletindo uma tendência internacional.

Xavier Barreto, presidente da APAH, explicou que "a medicina é vítima do seu próprio sucesso", pois os doentes vivem mais anos e, consequentemente, consomem mais fármacos.

Em ambulatório, a despesa também cresceu 13,1% (+162 milhões de euros), com 152 milhões de embalagens dispensadas, um aumento de 6%.

A quota de medicamentos genéricos nos hospitais estabilizou nos 56,9%.

Os valores divulgados ainda não incluem as contribuições da indústria farmacêutica ao SNS, que só serão apuradas no final do ano.