No entanto, o executivo comunitário antecipa um regresso ao défice orçamental já no próximo ano, estimado em 0,3% do PIB. Nas suas previsões económicas de outono, Bruxelas apresenta um cenário mais pessimista do que o Governo português, que aponta para um crescimento de 2% este ano e um excedente orçamental de 0,1% em 2026. A Comissão prevê que o saldo orçamental de Portugal seja nulo em 2025, deteriorando-se para um défice de 0,3% em 2026 e 0,5% em 2027.
O comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, justificou a divergência com as "estimativas mais prudentes da Comissão sobre o crescimento da despesa, nomeadamente a despesa corrente".
O crescimento económico continuará a ser impulsionado pela procura interna, com o consumo privado a beneficiar do aumento do emprego e dos salários, e o investimento a ser estimulado pelos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em contrapartida, as exportações e o turismo estrangeiro abrandaram. Relativamente à inflação, Bruxelas projeta uma desaceleração para 2,2% este ano e 2% em 2026, enquanto a taxa de desemprego deverá cair para 6,3% em 2025 e 6,2% em 2026. A dívida pública deverá continuar a sua trajetória descendente, atingindo 89,2% do PIB em 2026.













