Esta é a 21.ª queda mensal consecutiva, refletindo o alívio das taxas Euribor e beneficiando as famílias com empréstimos para aquisição de casa.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos diminuiu 4,8 pontos base face a setembro. Desde o pico de 4,657% atingido em janeiro de 2024, a redução acumulada é já de 147,7 pontos base.

Nos contratos mais recentes, celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu para 2,850%.

Apesar da queda dos juros, a prestação média mensal subiu ligeiramente para 394 euros, mais um euro que no mês anterior, mas ainda assim 10 euros abaixo do valor homólogo.

Este ligeiro aumento pode ser explicado pela subida do capital médio em dívida, que atingiu 74.180 euros.

Um marco importante assinalado pelo INE é que, pelo segundo mês consecutivo, a componente de juros (194 euros) representou menos de metade da prestação (49,2%), com a amortização de capital (200 euros) a assumir um peso maior (50,8%), algo que não se verificava desde abril de 2023. Esta inversão indica que uma maior parte do pagamento mensal dos devedores está agora a ser utilizada para abater a dívida, em vez de apenas cobrir os juros.