A produção nacional de pera, em particular da Pera Rocha, enfrenta uma grave ameaça devido à propagação da doença do fogo bacteriano, que já provocou uma quebra de 32% na produção no triénio 2022-2024. A CONFAGRI apela à criação urgente de apoios financeiros para os produtores afetados, de modo a evitar a distorção da concorrência com Espanha e garantir a viabilidade económica das explorações. A situação em Portugal contrasta com a do país vizinho, onde as autoridades já avançaram com um apoio de 400 euros por hectare para mitigar os efeitos da doença, com um limite máximo de 50.000 euros por beneficiário num período de três anos. Em Portugal, foram estabelecidas medidas preventivas que obrigam os produtores com pomares contaminados a remover e destruir as partes vegetais afetadas, por queima ou enterramento, o que acarreta custos significativos.
No entanto, a ausência de um apoio financeiro direto coloca os agricultores portugueses em desvantagem competitiva e compromete a sua capacidade de manter a atividade e a posição no mercado global.
Nuno Serra, Secretário-Geral da CONFAGRI, sublinha a urgência da situação, afirmando que “são imprescindíveis apoios para as regiões contaminadas pelo fogo bacteriano de modo a evitar a distorção da concorrência entre os produtores ibéricos e, sobretudo, que os produtores portugueses fiquem para trás”.
O apelo visa assegurar que a viabilidade económica das explorações não seja comprometida, permitindo aos agricultores nacionais manter a sua competitividade num cenário de crescente dificuldade.
Em resumoCom uma quebra de 32% na produção de pera devido ao fogo bacteriano, os produtores portugueses enfrentam uma crise de viabilidade económica. A CONFAGRI exige apoios financeiros urgentes, à semelhança do apoio de 400€/ha concedido em Espanha, para evitar o colapso do setor e a perda de competitividade no mercado ibérico.