O Estado pretende alienar até 44,9% do capital da transportadora aérea nacional, num processo que se estenderá ao longo do próximo ano. Após o encerramento do prazo no passado sábado, a Parpública confirmou a receção de declarações de interesse do Grupo Air France-KLM, do Grupo Lufthansa e do International Airlines Group (IAG), detentor da British Airways e da Iberia. O processo prevê a venda de uma participação de referência de até 44,9%, mantendo 5% do capital reservados para os trabalhadores. A Parpública dispõe agora de 20 dias, até 12 de dezembro, para elaborar um relatório que avalie se os candidatos cumprem os requisitos do caderno de encargos, que incluem receitas anuais superiores a 5 mil milhões de euros e experiência comprovada no setor.
O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, afirmou que o interesse destes grupos "era previsível" devido aos "resultados bons e robustos" da companhia, garantindo que o Governo não venderá a TAP "ao desbarato" e que o processo decorrerá com "total transparência".
Após a validação, os candidatos serão convidados a apresentar propostas não vinculativas num prazo de 90 dias, detalhando o preço, o plano estratégico e os compromissos laborais.
O IAG, o último a formalizar o interesse, ressalvou que é "necessário esclarecer vários temas antes de poder propor um investimento", embora acredite que "a TAP terá um potencial significativo dentro do IAG".
A Lufthansa, por sua vez, destacou o objetivo de "preservar a identidade portuguesa da TAP e assegurar o crescimento sustentável da companhia".
A privatização inclui também a Portugália, a Cateringpor e a SPdH (antiga Groundforce), num processo complexo que deverá demorar cerca de um ano a ser concluído.













