A descida nos preços, que segue a tendência iniciada no ano anterior, é atribuída à contração no consumo mundial de vinho e a alterações no tipo de rolhas procuradas, o que penaliza as cortiças de melhor qualidade.

Apesar da quebra produtiva e do adiamento da extração, a Filcork assegura que a campanha permitiu garantir "níveis confortáveis de stock" na indústria para o próximo ciclo industrial.

A associação nota que os custos de extração se mantiveram estáveis, contrariando a tendência de subida dos últimos anos, graças à crescente mecanização.

No entanto, o setor manifesta preocupação com o estado atual do negócio.

A Corticeira Amorim, líder mundial, sentiu esta pressão, com os lucros a recuarem 4,5% nos primeiros nove meses do ano.

A Filcork alerta ainda para a ausência de compensação económica pelos serviços ambientais prestados pelo montado de sobro, que ocupa mais de 700 mil hectares em Portugal, criticando que "a sociedade continua a beneficiar sem aportar qualquer remuneração à base florestal".