A decisão foi possível graças a um fornecimento mais contínuo de componentes, embora a empresa não exclua futuras interrupções. O regime de redução temporária do trabalho, que estava inicialmente previsto durar até abril de 2026, foi levantado mais cedo do que o esperado. A causa do 'lay-off' foi a insuficiência de componentes eletrónicos provenientes da Nexperia, um fornecedor do grupo Bosch, na sequência de um diferendo entre aquela empresa de semicondutores e o governo neerlandês. Este último interveio na Nexperia no final de setembro, por considerar que o seu diretor, de nacionalidade chinesa, poderia comprometer o abastecimento europeu. Numa nota, a Bosch informou que, com base na estabilização do fornecimento e nas "medidas de mitigação implementadas, os contratos de trabalho dos colaboradores afetados voltarão a estar plenamente ativos". A empresa encara o futuro "com confiança", mas ressalva que, "dependendo da situação geral de escassez de componentes e da evolução da política comercial", não pode "excluir, em princípio, futuras interrupções de produção ou ajustes nos horários de trabalho". A multinacional alemã acrescentou que acompanha "muito de perto" a evolução da política comercial e observa "os primeiros passos rumo a um diálogo político entre as partes envolvidas", mantendo a "esperança numa solução duradoura".

A decisão de terminar o 'lay-off' foi comunicada como um reflexo do "firme compromisso da empresa em proteger o emprego".