A análise do CFP, que abrangeu 88 empresas e grupos, aponta o setor da saúde como o principal responsável por este desempenho negativo.
As entidades públicas empresariais (EPE) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) concentraram 93% dos prejuízos totais, com perdas de 1,7 mil milhões de euros, um valor que quase duplicou face aos 969 milhões registados no ano anterior. O CFP atribui esta deterioração ao impacto da reorganização do SNS com a criação de 31 novas Unidades Locais de Saúde (ULS), cujo financiamento “não foi ajustado ao incremento de responsabilidades”. A situação patrimonial do setor é igualmente preocupante, com 30 das 42 entidades do SNS a apresentarem capitais próprios negativos, totalizando 1,6 mil milhões de euros. Em contraste, o setor dos transportes e armazenagem apresentou uma melhoria, com um resultado líquido agregado de 205 milhões de euros, impulsionado pelos contributos positivos da Infraestruturas de Portugal e da TAP.
O CFP nota ainda que, apesar do agravamento dos resultados globais, os rácios de autonomia financeira (27,7%) e solvabilidade (38,4%) do SEE reforçaram-se, sustentados pelo “empenho financeiro do acionista”.













