A maioria dos pensionistas portugueses terá um aumento de cerca de 2,8% nas suas pensões a partir de janeiro de 2026, uma atualização que abrange aproximadamente 90% dos reformados. Este aumento resulta da aplicação da fórmula legal que tem em conta a inflação e o crescimento económico, garantindo uma ligeira recuperação do poder de compra. A atualização regular das pensões é determinada por uma fórmula que combina a média do crescimento do PIB dos últimos dois anos e a variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC) sem habitação.
Com base nos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o aumento para 2026 será de 2,77% (arredondado para 2,8% em várias fontes) para as pensões até duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), ou seja, até 1.074 euros. As pensões intermédias, entre dois e seis IAS, serão atualizadas em 2,27%, em linha com a inflação, enquanto as pensões mais elevadas terão uma atualização de 2,02%. A mesma fórmula dita uma subida do próprio IAS para cerca de 537 euros, um aumento de 2,8%, o que influenciará o valor de outras prestações sociais, como o subsídio de desemprego e o abono de família. Adicionalmente, o Orçamento do Estado para 2026 prevê a possibilidade de o Governo atribuir um suplemento extraordinário, pago uma única vez, aos pensionistas com rendimentos mais baixos, embora esta medida dependa da evolução da execução orçamental.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já alertou que será “muito mais difícil” atribuir este bónus em 2026.
Em resumoA atualização automática das pensões para 2026 resultará num aumento de aproximadamente 2,8% para a grande maioria dos pensionistas, refletindo o crescimento económico e a inflação. Esta medida, juntamente com a subida do IAS, irá também reforçar outras prestações sociais. A possibilidade de um bónus extraordinário permanece condicionada ao desempenho orçamental, mas o aumento regular oferece previsibilidade e um modesto ganho de poder de compra.