Esta subida, ditada pelo aumento da esperança média de vida, coloca o país entre os mais exigentes da OCDE e agrava as penalizações para quem opta pela reforma antecipada. A atualização da idade da reforma está diretamente ligada à evolução da esperança média de vida aos 65 anos, calculada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para o triénio 2023-2025, este indicador foi estimado em 20,19 anos, um aumento que justifica a subida de mais dois meses na idade legal para 2027. Esta trajetória de subida tem sido consistente, com a idade a passar de 66 anos e 7 meses em 2025 para 66 anos e 9 meses em 2026. Um relatório da OCDE projeta mesmo que os jovens que iniciaram a carreira em 2024 poderão ter de trabalhar até aos 68 anos, posicionando Portugal como o oitavo país com a idade de reforma mais elevada da organização.

Consequentemente, as penalizações para quem se reforma antecipadamente também se agravam.

O corte aplicado através do fator de sustentabilidade deverá subir para 17,63% em 2026, ao qual se soma uma penalização de 0,5% por cada mês de antecipação. A única forma de evitar estes cortes passa por regimes de carreiras muito longas, como ter 60 anos de idade e 46 de descontos para quem começou a trabalhar antes dos 16 anos.