Esta medida, que também abrange as operações nas Caraíbas, retira estes ativos do conjunto de garantias dadas aos credores da holding, que detêm mais de oito mil milhões de euros em títulos do grupo. Com esta alteração, a Altice Portugal, que juntamente com a Altice Caribbean representa 80% dos resultados da Altice International, fica livre de determinadas limitações impostas pela dívida da holding.
A empresa ganhou flexibilidade para contrair nova dívida, vender ativos ou pagar dividendos sem necessitar de autorização dos credores. A primeira consequência prática desta nova autonomia foi a conclusão de uma operação de financiamento privado no valor de 750 milhões de euros por uma subsidiária da Altice Portugal. Esta verba será utilizada para “necessidades corporativas gerais”, incluindo o pagamento de dívida existente da Altice International. Além disso, a Altice Portugal passa a dispor de capacidade para contrair até 2 mil milhões de euros em nova dívida, reforçando a sua posição como um pilar de liquidez para o grupo de Patrick Drahi. A medida foi considerada “superagressiva” por investidores, provocando uma queda acentuada no valor dos títulos de dívida da Altice International.
A reorganização insere-se numa estratégia mais ampla que inclui a revisão do portefólio de ativos para potenciais alienações, podendo incluir um novo processo de venda da Altice Portugal.











