A principal justificação para esta subida é o agravamento dos custos de matérias-primas essenciais, com destaque para os ovos, cujo preço disparou 31,68% ao longo de 2025. De acordo com dados da DECO, o custo de meia dúzia de ovos subiu de 1,61 euros no início de janeiro para 2,12 euros a 19 de novembro, um aumento que pressiona significativamente os custos de produção da indústria de panificação. A presidente da ACIP, Deborah Barbosa, aponta que, para além dos ovos, o agravamento dos custos com frutos secos e cartão, bem como as revisões laborais, contribuem para a necessidade de ajustar os preços.
A associação alerta ainda que a possível retirada do apoio do Estado aos combustíveis poderá agravar a situação.
Apesar deste cenário, as perspetivas da ACIP para 2026 são “cautelosamente otimistas”, uma vez que “a estabilidade nos mercados internacionais da farinha, energia e logística cria condições favoráveis para um ano sem grandes oscilações”.
Curiosamente, enquanto o preço dos ovos subiu, outros ingredientes como o açúcar branco e a farinha para bolos registaram descidas de 7,14% e 14,75%, respetivamente, ao longo do ano, embora insuficientes para compensar o impacto do aumento dos ovos.
A ACIP afirma que o setor apresenta uma “evolução moderada, com crescimento contido mas positivo”, e que deverá focar-se na “consolidação, eficiência produtiva e reforço da diferenciação” para garantir margens sustentáveis.











