O consumo de eletricidade em Portugal atingiu um novo máximo histórico nos primeiros onze meses de 2025, registando um aumento homólogo de 2,9%. Este crescimento, que se ajusta para 2% com correção de temperatura e dias úteis, demonstra uma procura energética robusta, com as fontes renováveis a desempenharem um papel central no abastecimento. De acordo com os dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, as energias renováveis foram responsáveis por abastecer 68% do consumo elétrico nacional até ao final de novembro. A produção hidroelétrica destacou-se, com um índice de produtibilidade de 1,33 (acima da média histórica de 1), fornecendo 26% do consumo total. A energia eólica contribuiu com 25%, enquanto a energia solar, apesar de um crescimento na produção de 28% face ao ano anterior, foi responsável por 12% do abastecimento. O gás natural representou 15% do consumo, e o saldo importador foi de 17%. Apenas no mês de novembro, o consumo de energia elétrica registou uma evolução homóloga de 6,6%, um valor influenciado pelo consumo invulgarmente baixo no mesmo período de 2024 devido a temperaturas mais elevadas.
Com correção dos efeitos sazonais, a variação foi de 2,3%, alinhada com a tendência observada ao longo do ano.
No mercado de gás natural, o consumo acumulado até novembro cresceu 13%, impulsionado por um aumento superior a 100% no segmento de produção de energia elétrica. O aprovisionamento do sistema nacional foi assegurado quase na totalidade pelo terminal de GNL de Sines, com a Nigéria (51%) e os EUA (41%) como principais fornecedores.
Em resumoO consumo de eletricidade em Portugal bateu um recorde histórico até novembro de 2025, com um crescimento de 2,9%, sendo 68% do abastecimento assegurado por fontes renováveis. A produção hídrica e eólica foram as principais contribuintes, enquanto o consumo de gás natural para produção de eletricidade mais do que duplicou, refletindo a dinâmica da transição energética no país.