Embora as perspetivas sejam "cautelosamente otimistas" devido à estabilidade nos mercados internacionais de farinha, energia e logística, outros fatores de custo deverão pressionar os preços finais ao consumidor.

As principais razões apontadas para a subida são as revisões laborais e o agravamento dos custos de matérias-primas essenciais para o setor.

Os ovos, por exemplo, registaram um aumento de 31,68% só em 2025, passando de 1,61 euros por meia dúzia em janeiro para 2,12 euros em novembro, segundo dados da DECO.

A este fator juntam-se as subidas nos preços dos frutos secos e do cartão para embalagens.

A ACIP alerta ainda para o possível impacto da retirada do apoio do Estado aos combustíveis, que poderá agravar os custos de distribuição. Segundo Deborah Barbosa, presidente da direção da associação, o ano de 2025 já evidenciou um "ambiente de maior equilíbrio operacional", com os preços a alinharem-se com a inflação após um período de forte volatilidade. Para 2026, o setor deverá focar-se na "consolidação, eficiência produtiva e reforço da diferenciação" para garantir margens sustentáveis e responder às expectativas dos clientes, num cenário de ligeira pressão sobre os preços.