Fatores regulatórios e climáticos estão a afetar os custos de produção, desde as rações para animais à gestão da água. "Estamos a estimar subidas na ordem dos 7% na carne e o peixe deverá acompanhar essa tendência", afirmou, sublinhando que estes valores derivam de "pressão regulatória e climática que afeta rações, gestão da água e procura por proteínas". Em contrapartida, há uma exceção notável: o azeite, que registou subidas expressivas nos últimos dois anos, deverá ter uma descida de preço na ordem dos 14% em 2026.

Gonçalo Lobo Xavier rejeita que o aumento dos salários seja o principal justificador da subida do cabaz, apontando antes para um aumento generalizado dos fatores de produção que afetam os agricultores.

O retalho, que opera com margens reduzidas de "2% a 3%, às vezes menos", tentará minimizar o impacto no consumidor final, mas o cenário de subida de preços no próximo ano é considerado inevitável.