A verba será alocada a projetos estratégicos, como a aquisição de fragatas, sem recurso a concursos públicos, o que tem gerado preocupações quanto à transparência do processo.
O financiamento, proveniente do Instrumento de Ação para a Segurança da Europa (SAFE), corresponde a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) português.
O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, anunciou que a candidatura portuguesa inclui a aquisição de três fragatas, num contrato que irá ultrapassar os três mil milhões de euros, bem como investimentos em artilharia de campanha, satélites, veículos blindados, munições e drones. O plano contempla ainda a recuperação do Arsenal do Alfeite e a instalação de uma unidade industrial para produção e manutenção de veículos blindados e uma fábrica de munições de pequenos calibres. A decisão de não recorrer a concursos públicos ou outros processos de escolha considerados transparentes para a distribuição desta verba substancial levou a reações políticas. O Partido Socialista (PS) já manifestou a intenção de criar uma subcomissão parlamentar para acompanhar o destino do dinheiro, argumentando que contratos de tal magnitude não podem ser decididos em "segredo". A notícia, avançada pelo semanário "Expresso", destaca a excecionalidade do montante e do método de adjudicação, colocando o foco na necessidade de escrutínio sobre a aplicação dos fundos.














