A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, também recuou ligeiramente para 2,0%. A análise por componentes revela que a variação dos preços dos produtos energéticos foi negativa em 0,8%, enquanto os produtos alimentares não transformados registaram um aumento de 6,0%, continuando a pressionar o orçamento das famílias. A variação mensal do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de -0,3%, e a média dos últimos doze meses manteve-se em 2,4%. O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), utilizado para comparações europeias, situou-se em 2,1%, um valor inferior à média da área do Euro. Este abrandamento da inflação é um indicador crucial para a política económica e monetária, sinalizando uma estabilização dos preços após um período de volatilidade. A confirmação deste valor pelo INE é também determinante para o cálculo da atualização das pensões, que combina a inflação com o crescimento do PIB, resultando num aumento de 2,8% para a maioria dos pensionistas em 2026.