A atualização resulta da aplicação da fórmula legal que combina a inflação média dos últimos 12 meses, sem habitação, com o crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.

A confirmação do valor da inflação de novembro em 2,27% pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) foi o último dado necessário para fechar as contas. De acordo com a lei, as pensões até duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que correspondem a cerca de 1.074 euros, beneficiarão deste aumento de 2,8%. Este escalão abrange, segundo o Governo, 90% dos pensionistas, garantindo-lhes um ganho de poder de compra, uma vez que a atualização fica 0,5 pontos percentuais acima da inflação prevista para 2025. As pensões intermédias, entre 1.074 e 3.222 euros, terão uma atualização de 2,27%, enquanto as pensões mais altas, acima de 3.222 euros, aumentarão 2,02%. A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, já havia indicado que o aumento para as pensões mais baixas seria de 2,79% e admitiu a possibilidade de um suplemento extraordinário caso a folga orçamental o permita. A presidente do Conselho das Finanças Públicas, Nazaré da Costa Cabral, esclareceu que estes aumentos nas pensões mais baixas são uma medida redistributiva financiada pelo Orçamento do Estado, não comprometendo a sustentabilidade do sistema previdencial da Segurança Social.