A medida cumpre o acordo tripartido assinado com a UGT e as confederações patronais, inserindo-se numa trajetória de valorização salarial que se estenderá até 2028.
A decisão foi formalizada em Conselho de Ministros e anunciada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que a descreveu como um “aumento significativo”, sublinhando que “em ano e meio, com Luís Montenegro como primeiro-ministro, o salário mínimo sobe 100 euros”. A atualização segue o cronograma definido no acordo de rendimentos de outubro de 2024, que prevê subidas anuais de 50 euros, projetando um SMN de 970 euros em 2027 e de 1.020 euros em 2028.
A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, confirmou que, para já, o foco é “cumprir o acordo que está em vigor”.
Este aumento surge num contexto de debate político mais amplo, alimentado por declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que apontou para uma ambição de longo prazo de atingir um salário mínimo de 1.600 euros e um salário médio de 3.000 euros, embora sem definir um calendário. O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, clarificou que se trata de “uma ambição, não uma promessa”.
A discussão sobre a valorização salarial decorre em paralelo com as negociações da reforma da legislação laboral, que Leitão Amaro recordou ser uma das “condições mútuas” do acordo tripartido.












