Apesar do otimismo, Lagarde alertou para a "incerteza elevada", citando as tensões geopolíticas e comerciais como riscos que podem condicionar o crescimento.
BCE mantém taxas de juro em 2% e revê em alta crescimento da zona euro
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as taxas de juro diretoras inalteradas pela quarta reunião consecutiva, encerrando 2025 com a taxa de depósito em 2,00%, a taxa de refinanciamento em 2,15% e a de cedência de liquidez em 2,40%. A decisão, que era amplamente esperada pelos mercados, foi justificada pela resiliência da economia da zona euro e pela estabilização da inflação em torno do objetivo de 2%. Na conferência de imprensa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a decisão foi "unânime" e que o Conselho do BCE considera estar "num bom lugar", mas sublinhou que "todas as opções devem estar em cima da mesa" para futuras reuniões, não se comprometendo com uma trajetória específica. Lagarde reconheceu que o setor dos serviços continua a ser uma fonte de pressão inflacionista, devido ao crescimento dos salários, mas antecipou que este deverá abrandar em 2026. O BCE reviu em alta as suas projeções de crescimento para a zona euro, esperando agora uma expansão de 1,4% em 2025 e 1,2% em 2026, impulsionada pela procura interna e por um investimento robusto, nomeadamente em Inteligência Artificial. A inflação deverá situar-se em 1,9% em 2026 e 1,8% em 2027, antes de regressar à meta de 2% em 2028.



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