O valor da transação surpreendeu os analistas, que apontam para um múltiplo de 7,5 vezes o EBITDA estimado para 2025, um prémio significativo face às avaliações praticadas em negócios semelhantes na Europa. O presidente executivo da Semapa, Ricardo Pires, afirmou que "esta operação representa um movimento estratégico para o grupo, permitindo fortalecer a nossa capacidade de investimento, dentro da estratégia delineada de diversificação do 'portefólio'". Com esta alienação, a Semapa, que detém a Navigator, concentra-se ainda mais no setor da pasta e papel, ganhando uma liquidez de cerca de mil milhões de euros que poderá ser usada para novos investimentos ou para remunerar acionistas. Do lado da compradora, o CEO da Molins, Marcos Cela, destacou a oportunidade de expansão da oferta de soluções de baixo carbono e a integração dos 2.900 trabalhadores da Secil, empresa fundada em 1930 e com uma forte presença internacional, nomeadamente no Brasil.