A operação reflete o interesse internacional pela indústria portuguesa e a confiança na capacidade de gestão das empresas nacionais.
O fecho do negócio, previsto para o primeiro trimestre de 2026, está sujeito às condições habituais para este tipo de operações. A reação do mercado foi imediata e expressiva, com as ações da Semapa a dispararem mais de 20% na bolsa de Lisboa após o anúncio, evidenciando a surpresa positiva dos investidores perante o valor acordado. A Semapa estima que a transação resulte numa mais-valia de aproximadamente 400 milhões de euros no exercício de 2026.
Analistas consultados pela imprensa consideram que este encaixe financeiro confere à Semapa uma margem considerável para diversas opções estratégicas.
Entre as possibilidades, destacam-se a redução do endividamento, o reinvestimento em áreas de negócio consideradas nucleares, como a Navigator, ou a distribuição de um dividendo extraordinário aos acionistas. Ricardo Pires, CEO da Semapa, afirmou que “esta operação representa um movimento estratégico para o grupo, permitindo fortalecer a nossa capacidade de investimento, dentro da estratégia delineada de diversificação do ‘portefólio’”.
Por sua vez, Marcos Cela, CEO da Molins, destacou que a aquisição permitirá à empresa espanhola crescer com um perfil mais diversificado e reforçar o compromisso com a sustentabilidade, mostrando-se ansioso por “dar as boas-vindas aos 2.900 colaboradores da Secil à Molins”.












