Esta operação, anunciada esta semana, permite ao Estado obter uma poupança com os juros da dívida pública e contribui para suavizar o perfil de reembolsos nos próximos anos. Com este pagamento, a dívida pendente de Portugal ao MEEF fica reduzida a 19,8 mil milhões de euros. Este é o segundo reembolso antecipado de empréstimos da 'troika' realizado pelo país, depois de um pagamento de 2 mil milhões de euros em 2019. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) destacou que a operação “constitui também um importante passo na transição para um modelo de financiamento assente no financiamento de mercado”.
A decisão foi possível após o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) ter aprovado uma derrogação que permitiu a Portugal avançar com o pagamento. Pierre Gramegna, diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), assinalou que “o pedido de Portugal para efetuar o reembolso antecipado do seu empréstimo do MEEF destaca o forte desempenho económico e orçamental do país nos últimos anos”.
O pacote de assistência financeira concedido a Portugal ascendeu a 78 mil milhões de euros, repartidos em partes iguais pelo MEEF, FEEF e Fundo Monetário Internacional (FMI), cujos empréstimos já foram integralmente reembolsados em 2018.












