Esta valorização expressiva, superior a 70% desde o início de 2025, consolida o estatuto do metal amarelo como o principal ativo de refúgio num contexto de crescente incerteza económica e geopolítica. A subida do ouro insere-se numa tendência mais ampla de valorização dos metais preciosos. A prata também atingiu um novo máximo, aproximando-se dos 70 dólares por onça, enquanto a platina registou o seu valor mais alto desde 2008, com uma valorização de mais de 110% desde o início do ano, superando consideravelmente a apreciação do ouro.
Os analistas atribuem este movimento a uma combinação de fatores.
Por um lado, o agravamento dos riscos geopolíticos, como as tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, leva os investidores a procurar segurança em ativos tangíveis.
Por outro lado, a expectativa de novas descidas das taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA (Fed), na sequência de dados que indicam um abrandamento da inflação e do mercado de trabalho, torna o ouro mais atrativo em comparação com ativos que rendem juros. A fraqueza do dólar também contribui para a subida, tornando o metal mais barato para detentores de outras moedas.












