O preço das casas em Portugal atingiu um novo máximo histórico no terceiro trimestre de 2025, com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) a registar um crescimento homólogo de 17,7%. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta é a maior subida desde que há registos e representa uma aceleração de 0,5 pontos percentuais face ao trimestre anterior, marcando o sexto trimestre consecutivo de aceleração. A pressão sobre os preços continua a ser liderada pelas habitações existentes, que aumentaram 19,1%, enquanto as habitações novas registaram uma subida mais contida de 14,1%. Entre julho e setembro, foram transacionadas 42.481 habitações, num valor total de 10,5 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 3,8% em número e 16,0% em valor face ao mesmo período de 2024. Apesar do dinamismo, o ritmo de crescimento das transações abrandou. As famílias continuam a ser o principal motor do mercado, responsáveis por 88,3% das aquisições.
Em contrapartida, as compras por não residentes voltaram a cair, registando uma redução homóloga de 16,4%, uma tendência que reflete as recentes alterações fiscais.
Geograficamente, o Norte e a Grande Lisboa concentram quase metade das vendas, embora ambas as regiões tenham perdido peso relativo, sugerindo uma maior dispersão da procura pelo território.
O Alentejo destacou-se como a região com maior dinamismo, registando o maior crescimento homólogo tanto em número (19,8%) como em valor (38,3%) das transações.
Em resumoOs preços da habitação em Portugal atingiram uma subida recorde de 17,7% no terceiro trimestre de 2025, impulsionados pelas casas usadas (+19,1%). Apesar do abrandamento no ritmo, foram vendidas mais de 42 mil casas, totalizando 10,5 mil milhões de euros, com as famílias a dominarem as compras e os compradores estrangeiros a perderem peso no mercado.