O Governo decidiu prolongar as concessões de exploração dos casinos dos grupos Solverde e Estoril Sol, uma medida justificada pelo atraso no concurso público internacional lançado em julho de 2025. As concessões atuais, que terminariam a 31 de dezembro de 2025, serão estendidas "por um período estritamente necessário" até à conclusão do novo processo concursal para as zonas de jogo do Algarve, Espinho e Póvoa de Varzim. O Ministério da Economia e Coesão Territorial confirmou que o prazo para a apresentação de propostas está a decorrer e que, após a sua avaliação, será elaborado um relatório para adjudicação. Fontes ligadas ao processo estimam que a prorrogação possa durar de um a três meses, a menos que haja contestação dos resultados, o que poderia alargar o prazo.
O tema foi politicamente sensível, tendo sido levantado durante a campanha para as legislativas, quando o então líder do PS, Pedro Nuno Santos, acusou Luís Montenegro de favorecer o Grupo Solverde.
Montenegro negou, lembrando que "as duas últimas prorrogações foram decididas por Governos do PS" e garantiu que o concurso seria lançado a tempo.
Apesar do compromisso, o processo derrapou.
O Governo esperava ter o concurso para os 15 anos de concessão concluído até 31 de dezembro, mas a complexidade técnica e administrativa ditou o atraso. O prazo para candidaturas terminou a 5 de setembro, tendo o Governo recebido oito propostas, cujos nomes não foram revelados.
Em resumoO Governo vai prorrogar as concessões dos casinos dos grupos Solverde e Estoril Sol para além de 31 de dezembro de 2025, devido a um atraso no concurso público internacional. A extensão será pelo "período estritamente necessário" até à conclusão do novo concurso para as zonas de jogo do Algarve, Espinho e Póvoa de Varzim, que recebeu oito candidaturas.