As restrições à exportação, implementadas em abril, foram concebidas para travar o avanço tecnológico da China, limitando o seu acesso a componentes cruciais para treinar grandes modelos de linguagem e outras aplicações de IA. No entanto, a existência deste mercado paralelo demonstra que a procura chinesa continua a ser satisfeita através de canais não oficiais, minando o objetivo estratégico da política norte-americana. Este fenómeno sublinha não só a resiliência das cadeias de abastecimento informais, mas também a importância geopolítica dos semicondutores na atual corrida tecnológica global. A capacidade de a China continuar a adquirir estes componentes, apesar das proibições, representa um desafio significativo para a política externa dos EUA e coloca em questão a eficácia de sanções unilaterais num mercado globalizado e interconectado.
