Num memorando enviado aos funcionários, Satya Nadella abordou as difíceis decisões, afirmando que, embora "por qualquer medida objetiva, a Microsoft está a prosperar", os cortes "pesam muito" mas são essenciais para o futuro. O CEO explicou o que designou como o "enigma do sucesso numa indústria que não tem valor de ‘franchising’", onde o progresso "não é linear" e exige uma adaptação constante para liderar. A reestruturação reflete um esforço para libertar capital e recursos para um investimento reforçado na área da IA, onde a competição com empresas como Google, Meta e OpenAI é intensa. A vaga de despedimentos teve um impacto significativo na divisão de videojogos, com o encerramento de estúdios e o cancelamento de projetos, o que, segundo especialistas, arrisca-se a criar uma "cultura de medo" dentro da empresa. A decisão da Microsoft espelha uma tendência mais ampla no setor tecnológico, onde gigantes como a Intel também anunciaram cortes massivos para se reorientarem estrategicamente para a IA, mesmo perante uma saúde financeira robusta.
