Governo aprova novo regime para a mobilidade elétrica em Portugal
O Governo português aprovou um novo Regime Jurídico da Mobilidade Elétrica (RJME) que visa liberalizar o setor e simplificar a experiência de carregamento para os utilizadores de veículos elétricos. A medida, que se enquadra numa reforma mais ampla do Estado, elimina a obrigatoriedade de contratos com comercializadores de eletricidade e introduz a possibilidade de pagamento direto nos postos de carregamento, através de cartão bancário ou QR Code. Com esta alteração, a experiência de carregamento de um veículo elétrico aproxima-se da de um abastecimento de combustível tradicional.
Os postos com potência igual ou superior a 50 kW serão obrigados a aceitar pagamento por cartão bancário, enquanto os restantes deverão disponibilizar métodos eletrónicos alternativos.
Além disso, a afixação visível dos preços nos postos passa a ser obrigatória, aumentando a transparência para o consumidor.
O novo regime põe fim à gestão centralizada da rede pela MobiE e à figura do “comercializador de eletricidade para a mobilidade elétrica”, criando em seu lugar os “prestadores de serviço para a mobilidade elétrica”. Os operadores dos postos de carregamento ganham maior autonomia, podendo definir os seus próprios modelos de negócio e utilizar energia de fontes próprias, como painéis solares. Para garantir uma transição suave, foi estabelecido um período transitório até 31 de dezembro de 2026, durante o qual as regras antigas e novas coexistirão.
Em resumoO novo regime da mobilidade elétrica em Portugal elimina a necessidade de contratos para o carregamento de veículos, permitindo pagamentos diretos nos postos. A medida visa aumentar a concorrência, a transparência de preços e simplificar o acesso à rede de carregamento, alinhando o país com as normas europeias.
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