A fabricante de veículos elétricos está a atravessar um ano desafiador, com uma concorrência crescente e questões legais a acumularem-se. Em julho, a megafábrica da Tesla em Xangai registou uma nova quebra nas entregas, com uma queda de 8,4% em termos homólogos, num contexto de forte concorrência de construtores chineses como a Xpeng e a Li Auto. A quota de mercado da empresa na China caiu de 16% em 2020 para apenas 3,8%. A tendência negativa repete-se na Europa, onde as vendas sofreram quedas acentuadas em mercados-chave como a Suécia, com um recuo de 86% em julho, e Portugal, com uma quebra de 49%.
A lealdade à marca também diminuiu, uma tendência que alguns analistas associam ao apoio público do CEO Elon Musk a Donald Trump.
A agravar a situação, um grupo de acionistas avançou com uma ação judicial coletiva contra a Tesla e os seus executivos, incluindo Musk. A ação alega que a empresa fez "declarações materialmente falsas e enganosas" sobre a segurança e o estado de desenvolvimento da sua tecnologia de condução autónoma para os robotáxis.
Os queixosos apontam para incidentes ocorridos após o lançamento do serviço em Austin, que terão prejudicado os investidores ao provocar uma queda no preço das ações.