A empresa justifica a medida com os avanços no campo da inteligência artificial, que estão a tornar várias funções obsoletas e a impulsionar a automação.
A notícia, avançada pela agência financeira Bloomberg, detalha que o processo de reestruturação inclui um programa de saídas voluntárias ao qual aderiram cerca de 800 trabalhadores em julho, somando-se a 200 outros que já tinham acordado a sua saída anteriormente. Jorge Félix, presidente do sindicato dos trabalhadores da Altice Portugal, confirmou a necessidade de adaptação da empresa, afirmando que “não podemos negar que a Altice precisa de se adaptar ao aumento da automação e da IA”.
Contudo, o sindicalista acrescentou que a reestruturação também serve para “cortar custos e reduzir dívidas”, tornando a empresa “mais atraente para um possível comprador”.
Paralelamente a esta redução de pessoal, a Altice está a reorganizar a sua estrutura societária em Portugal, com a eliminação de cinco empresas (Blueclip, PT Prestações, PT Contact, PT Sales e Meo — Serviços Técnicos de Redes), cujos 1.500 trabalhadores serão integrados na Meo. A empresa não comentou oficialmente os cortes, mas a medida reflete uma tendência global de empresas de telecomunicações que investem em IA para otimizar operações num mercado cada vez mais competitivo.