A Tesla atravessa um período de desafios significativos, marcado por uma acentuada quebra nas vendas de veículos na Europa e um aumento da concorrência, enquanto procura diversificar as suas fontes de receita, nomeadamente através da entrada no mercado de fornecimento de eletricidade no Reino Unido. No primeiro semestre de 2025, as vendas da Tesla na Europa caíram 32%, com o mercado português a refletir esta tendência, onde a marca chinesa BYD se aproxima rapidamente da liderança. A quebra global de 13% nas vendas é atribuída a vários fatores, incluindo uma gama de modelos envelhecida e o impacto negativo da associação de Elon Musk à administração de Donald Trump, que alienou parte da base de clientes tradicional da marca. A situação levou a cortes de pessoal, incluindo na fábrica de Grünheide, na Alemanha, onde a produção está aquém das metas iniciais.
Em paralelo com as dificuldades no setor automóvel, a Tesla está a expandir a sua atuação na área da energia.
A empresa apresentou um pedido ao regulador britânico Ofgem para obter uma licença de fornecimento de eletricidade a residências no Reino Unido. Esta iniciativa representa uma evolução natural do seu negócio de painéis solares e armazenamento de energia, permitindo-lhe entrar num mercado dominado por grandes empresas de energia. A estratégia de diversificação surge como uma resposta às pressões no seu negócio principal, procurando capitalizar a sua tecnologia e marca noutros setores estratégicos para a transição energética.
Em resumoConfrontada com uma quebra nas vendas de automóveis e uma concorrência crescente, a Tesla está a reajustar a sua estratégia, diversificando para o setor energético no Reino Unido. Este movimento sinaliza uma tentativa de mitigar os riscos do mercado automóvel e de se posicionar como uma empresa de energia integrada, para além de um fabricante de veículos elétricos.