Funcionários e ex-funcionários, organizados no grupo “No Azure for Apartheid”, realizaram protestos na sede da empresa em Redmond, Washington, exigindo o corte imediato de relações comerciais com Israel. Os protestos intensificaram-se após uma investigação do jornal The Guardian revelar que as Forças de Defesa de Israel (IDF) utilizaram a plataforma de cloud Azure da Microsoft para armazenar dados de vigilância em massa de palestinianos em Gaza e na Cisjordânia.

Segundo a investigação, estas informações foram alegadamente usadas para selecionar alvos para bombardeamentos.

A Microsoft reagiu anunciando a contratação de um escritório de advogados para conduzir uma revisão “completa e urgente”, afirmando que os seus termos de serviço proíbem este tipo de utilização. No entanto, o grupo de protesto considerou a medida insuficiente.

Já em maio, durante a conferência anual da empresa, o CEO Satya Nadella foi interrompido por um funcionário que protestava contra os contratos de cloud e IA com o governo israelita.

A Microsoft tinha reconhecido anteriormente as aplicações militares da sua tecnologia, mas negou que a plataforma Azure estivesse a ser usada para atingir civis.

A empresa não divulgou as conclusões dessa análise interna.

Os manifestantes em Redmond foram dispersados pela polícia sob ameaça de prisão, por se encontrarem em propriedade privada da Microsoft.