A ação surge após denúncias públicas e realça os desafios contínuos que a plataforma enfrenta na moderação de conteúdos e na proteção dos utilizadores.

O grupo, que esteve ativo durante sete anos, era utilizado para partilhar fotografias de mulheres em momentos íntimos, captadas sem o seu consentimento, incluindo imagens geradas por Inteligência Artificial.

A decisão de encerrar o grupo foi tomada após a escritora e ativista Carolina Carpia e a organização “No justice no peace” terem denunciado publicamente o caso, que se tornou viral em Itália e gerou uma onda de indignação.

A Meta justificou o encerramento com a violação das suas normas contra a exploração sexual de adultos.

Este incidente ocorre num contexto de crescente crítica à forma como as grandes plataformas digitais lidam com a desinformação e conteúdos nocivos.

Vincent Berthier, dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF), afirmou que “o Facebook moveu-se abertamente numa direção antijornalística”, criticando a falta de sistemas para promover conteúdo fiável.

Berthier explicou que a dinâmica das redes sociais, com algoritmos hiperpersonalizados, facilita a propagação de desinformação, uma situação agravada pela hostilidade de figuras como Elon Musk, dono do X, contra os media tradicionais. Em abril, o conselho de supervisão da Meta já tinha solicitado à direção da empresa que avaliasse os impactos do fim do programa de verificação de factos nos EUA, uma decisão considerada “apressada”.