A Martifer é alvo de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) obrigatória pela Visabeira, na sequência de um acordo tripartido com a I’M SGPS e a Mota-Engil que consolidou o controlo sobre a empresa. A notícia surge num momento em que a Martifer reportou uma quebra de 33% nos lucros do primeiro semestre, para 7,8 milhões de euros. A OPA foi desencadeada após o acordo parassocial entre os três grupos lhes conferir um controlo conjunto de 85,59% do capital da Martifer, ultrapassando o limiar de 50% dos direitos de voto que obriga ao lançamento de uma oferta sobre o restante capital.
A Visabeira foi obrigada a emitir múltiplas retificações aos documentos iniciais da OPA devido a erros no cálculo da participação.
A contrapartida oferecida é de 2,057 euros por ação, um valor que a Visabeira justifica como “igual ou ligeiramente superior ao preço médio ponderado” dos últimos seis meses.
Se a oferta atingir 90% do capital, a oferente exercerá o direito de aquisição potestativa, retirando a Martifer de bolsa.
A operação está pendente da aprovação da Autoridade da Concorrência.
Paralelamente, a Martifer anunciou que, apesar de um crescimento orgânico de 11% nos rendimentos operacionais para 141 milhões de euros, o lucro caiu 33% devido a uma quebra no EBITDA e a um aumento da dívida líquida, justificado por um “ambicioso plano de investimento” que inclui uma nova doca seca em Viana do Castelo.
Em resumoA OPA da Visabeira sobre a Martifer, desencadeada por um acordo de controlo com a Mota-Engil e a I'M SGPS, visa retirar a empresa de bolsa. A oferta ocorre num contexto de resultados financeiros mistos para a Martifer, que, apesar de uma queda nos lucros, continua a investir na expansão das suas operações navais e de energias renováveis.