A produção também abrandou por dois meses consecutivos, algo que não acontecia desde 2020.

Analistas atribuem esta quebra à intensa guerra de preços no mercado chinês e ao excesso de produção, que levaram as autoridades locais a intervir para proteger a saúde da indústria.

Segundo especialistas da Jefferies citados pela Reuters, "o 'comboio de sucesso' da BYD - alimentado pela escala, cortes nos custos e liderança técnica - perdeu velocidade".

As vendas na China, que representam quase 80% do total da marca, recuaram 14,3% em agosto face ao ano anterior.

Em contrapartida, a BYD está a expandir-se de forma agressiva na Europa. Em Portugal, a marca tornou-se líder de vendas de carros elétricos em agosto, com 384 unidades matriculadas, superando a BMW e a Tesla. No acumulado do ano, a BYD já ocupa o terceiro lugar no mercado nacional de elétricos, com um crescimento de 93,7% face a 2024.

Este desempenho díspar ilustra os desafios e as oportunidades da globalização no setor automóvel, onde a pressão competitiva num mercado pode ser compensada pela expansão noutros.