A edição de 2025 do IAA Mobility evidenciou uma “guerra declarada”, com a presença chinesa a aumentar 40% em relação à edição anterior.
Gigantes como a BYD e recém-chegadas como a GAC e a Changan demonstraram a sua força, procurando na Europa as margens de lucro que a feroz guerra de preços no mercado chinês já não permite. Esta ofensiva resultou num ganho de quota de mercado significativo, quase duplicando de 2,7% para 4,8% no primeiro semestre do ano.
Em resposta, os construtores europeus, incluindo Volkswagen, Mercedes, Renault e Stellantis, lançaram uma contraofensiva.
Oliver Blume, CEO da Volkswagen, garantiu aos jornalistas: “Estamos a passar à ofensiva”.
A estratégia europeia assenta no lançamento de novos modelos com autonomias competitivas, sistemas de entretenimento avançados e, crucialmente, preços mais baixos para competir diretamente com as propostas chinesas.
A disputa escalou para o nível político, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a afirmar que “queremos que os automóveis do futuro sejam feitos na Europa”. Durante o debate do Estado da União, von der Leyen anunciou uma iniciativa de “Small Affordable Cars” (Carros Pequenos e Acessíveis) para impulsionar a produção de veículos elétricos económicos no continente e evitar que a China conquiste este mercado estratégico.