Simultaneamente, a vice-presidente da empresa, Stella Li, alertou para um iminente “banho de sangue” no mercado automóvel chinês, que poderá levar à falência de dezenas de construtores. Durante o Salão de Munique, a BYD confirmou uma jogada estratégica para solidificar a sua presença na Europa e contornar as tarifas de importação da UE. A produção do citadino elétrico Dolphin Surf terá início na fábrica de Szeged, na Hungria, ainda antes do final de 2025.
Stella Li afirmou que, dentro de “dois a três anos”, toda a produção destinada ao mercado europeu será local, com uma segunda fábrica planeada para a Turquia.
Esta decisão surge num momento em que a BYD se consolida como uma das marcas mais vendidas em Portugal, liderando as matrículas de elétricos pelo segundo mês consecutivo.
No entanto, o cenário na China é mais sombrio.
Li previu que a repressão do governo chinês à feroz guerra de preços levará à eliminação de muitos dos 129 fabricantes de elétricos e híbridos. “O mercado vai ter de eliminar muitos.
Mesmo 20 produtores de automóveis já é demais”, afirmou, explicando que, sem a capacidade de oferecer descontos agressivos, muitas empresas não sobreviverão.
A própria BYD sentiu o impacto, com receitas e lucros abaixo do esperado no segundo trimestre, levando analistas a rever em baixa as previsões de vendas para os próximos anos.