A estrutura de governação reflete as exigências de Washington: o conselho de administração terá um diretor nomeado pelo governo dos EUA, e a Oracle, uma gigante tecnológica com um longo historial de colaboração com o TikTok, ficará responsável pela gestão dos dados dos utilizadores norte-americanos nas suas instalações no Texas, garantindo que estes não saem do país. Um dos pontos mais sensíveis da negociação foi o controlo do algoritmo de recomendação, considerado a peça central para o sucesso e a rentabilidade da aplicação. O acordo prevê que os engenheiros da nova empresa criem novos algoritmos de recomendação, utilizando tecnologia aprovada pela ByteDance, mas mantidos por uma equipa americana para evitar a influência chinesa no conteúdo consumido pelos utilizadores.

Pequim queria impedir o acesso direto dos EUA ao código do algoritmo, enquanto Washington procurava controlar as recomendações para prevenir a disseminação de conteúdo político pró-China.

O presidente Donald Trump celebrou o progresso, adiando a proibição da aplicação e afirmando que iria falar com o presidente chinês, Xi Jinping, para “confirmar tudo”.