A aliança entre as duas gigantes tecnológicas representa uma resposta direta ao avanço da AMD, que tem vindo a ganhar terreno com os seus produtos que combinam CPU e GPU. O acordo prevê que os engenheiros da Intel e da Nvidia colaborem no desenvolvimento de múltiplas gerações de produtos, integrando os chiplets de GPU da Nvidia com os processadores da Intel através da tecnologia NVLink. Este investimento surge num momento em que a Intel tem enfrentado dificuldades para manter a sua dominância no fabrico de chips. A notícia fez com que as ações da Intel disparassem 28,5% em pré-mercado. Jensen Huang, CEO da Nvidia, dissipou especulações que ligavam o acordo a motivações políticas, afirmando que a parceria foi projetada para “abordar diretamente as lacunas competitivas contra a AMD”.

Uma das principais questões levantadas por esta parceria é o futuro da linha de GPUs Arc da própria Intel. Os executivos da empresa insistem que a gama Arc irá “sobreviver” e continuará a receber investimento, posicionando a colaboração com a Nvidia como complementar e não como uma substituição. No entanto, observadores da indústria mostram-se céticos quanto ao incentivo da Intel para manter uma linha separada se os produtos desenvolvidos com a Nvidia se tornarem a opção dominante.