O ISCTE iniciou a instalação do maior banco de testes de fibra ótica multi-núcleo do mundo nos túneis da Linha Amarela do Metro de Lisboa, um projeto de 2,3 milhões de euros. Esta infraestrutura pioneira visa testar a nova geração de fibras óticas em condições reais, posicionando Portugal como um centro mundial de inovação em telecomunicações. O projeto, que conta com um investimento de 2,3 milhões de euros, dos quais 588 mil euros são financiados pelo programa Lisboa 2030, visa responder à crescente saturação das fibras óticas atuais. A nova geração de fibras multi-núcleo permite aumentar substancialmente a capacidade de transmissão de dados sem exigir mais espaço físico. O banco de testes terá um anel de 26 quilómetros e um cabo com 74 fibras, atingindo um comprimento total de 728 quilómetros. A particularidade do projeto reside no facto de os testes decorrerem num ambiente real e adverso, sujeito a vibrações, variações de temperatura e humidade, ao contrário dos testes tradicionais em laboratório.
Segundo o vice-reitor do ISCTE, Jorge Costa, a ambição é “influenciar o organismo de certificação mundial” para que a solução europeia, desenvolvida pelo parceiro alemão Heraeus Covantics, seja favorecida em detrimento das alternativas americanas ou japonesas.
A infraestrutura deverá atrair gigantes tecnológicos como a Google, Meta e grandes operadores de telecomunicações a Lisboa para testarem os seus novos equipamentos, consolidando o papel do país como um polo de desenvolvimento tecnológico.
Em resumoAo construir o maior banco de ensaios de fibra ótica multi-núcleo do mundo no Metro de Lisboa, o ISCTE está a criar uma plataforma de I&D única que não só impulsiona a tecnologia das telecomunicações, mas também posiciona estrategicamente Portugal e a Europa para liderar a normalização e comercialização das redes da próxima geração.