A interrupção prolongada ameaça a estabilidade financeira dos fornecedores e levanta preocupações sobre a vulnerabilidade da indústria automóvel a ataques digitais.
A fabricante britânica, propriedade da Tata Motors, anunciou que a produção permaneceria interrompida pelo menos até 24 de setembro, após o ataque ter paralisado os seus sistemas no final de agosto. A situação teve repercussões imediatas em Portugal, onde a fornecedora de componentes Forvia, em Palmela, foi obrigada a colocar uma centena de trabalhadores em “down days” devido à paragem da produção da JLR.
O incidente expõe a fragilidade das cadeias de abastecimento globais e just-in-time, onde a interrupção num ponto nevrálgico pode causar um efeito dominó.
Especialistas, como o professor de economia David Bailey, alertaram para o risco de falência de pequenas e médias empresas fornecedoras, que não têm capacidade financeira para suportar longos períodos de inatividade.
O governo britânico reconheceu o “impacto significativo” do incidente e afirmou estar em contacto diário com a empresa para resolver o problema, evidenciando a gravidade da situação para a indústria e a economia.